sexta-feira, 21 de novembro de 2025

Formação Profissional e Inteligência Artificial: entre a urgência operacional e a necessidade de fundamentos



Ponto de partida

As transformações aceleradas do século XXI têm pressionado a formação profissional a responder a demandas imediatas do mercado. Nesse cenário, o estudo de Mossin et al. (2025) e a pesquisa de Ferreira (2025), que discute os desafios éticos das inteligências artificiais generativas, oferecem reflexões fundamentais. Ambos os trabalhos criticam modelos formativos centrados apenas no uso de ferramentas e alertam para os riscos de uma formação que sacrifica fundamentos científicos, culturais e éticos em nome da rapidez. Dessas leituras decorrem as reflexões apresentadas a seguir.


A superação do enfoque instrumental na formação profissional

Mossin et al. (2025) mostram que a formação profissional tem sido dominada por cursos curtos, operacionais e orientados a resultados imediatos. Esse modelo cria profissionais capazes de executar tarefas, mas pouco preparados para compreender transformações tecnológicas, interpretar contextos complexos e atuar criticamente. A ausência de fundamentos fragiliza a autonomia intelectual e restringe a capacidade de adaptação, um problema sensível em um cenário marcado por mudanças constantes.

Ferreira (2025) reforça essa preocupação ao examinar o uso das inteligências artificiais generativas. Sem base teórica sólida, o estudante tende a utilizar a IA de maneira acrítica, o que compromete a autoria, o pensamento próprio e o processo formativo como um todo.

Superar esse cenário exige estratégias curriculares que recuperem a formação integral. A articulação entre teoria e prática é um primeiro passo decisivo. O domínio técnico precisa vir acompanhado de compreensão histórica, fundamentos científicos, impactos sociais e implicações éticas da tecnologia.

A pesquisa como método formativo é outro eixo essencial. Ao pesquisar, comparar fontes e construir argumentos, o estudante desenvolve autonomia intelectual e pensamento crítico, algo que nenhum treinamento puramente instrumental é capaz de proporcionar.

A interdisciplinaridade também se impõe como necessidade. O mundo do trabalho reúne dimensões técnicas, sociais e culturais; currículos fragmentados não acompanham essa complexidade. Além disso, a formação ética em tecnologias digitais deve integrar o currículo, abordando temas como autoria, privacidade, responsabilidade e limites do uso de ferramentas generativas.


Benefícios e riscos da IA na gestão educacional

A IA oferece benefícios significativos à gestão educacional. Pode otimizar processos administrativos, organizar dados, apoiar decisões e liberar tempo para atividades pedagógicas. Ferreira (2025) mostra que, quando usada com responsabilidade, a IA auxilia na análise de informações, na elaboração de materiais e na revisão textual, ampliando a eficiência institucional.

Os riscos, contudo, são relevantes. Mossin et al. (2025) alertam que modelos formativos pragmáticos tendem a gerar dependência; e o uso acrítico da IA pode aprofundar essa fragilidade. Ferreira identifica questões delicadas relacionadas à autoria, originalidade e uso indevido de ferramentas generativas, que demandam diretrizes claras e mediação pedagógica.

Há ainda preocupações com privacidade e segurança de dados, considerando que muitos sistemas de IA operam com bases pouco transparentes. O viés algorítmico também representa risco concreto, capaz de reproduzir desigualdades se não houver monitoramento contínuo. Outro ponto de atenção é o uso da IA para substituir processos humanos complexos, o que pode gerar decisões descontextualizadas e pouco sensíveis às particularidades das instituições.

As duas obras convergem na mesma direção: a tecnologia pode ser aliada, mas não substitui o discernimento humano nem redefine, por si só, o sentido formativo da educação.


Para fechar o percurso

O desafio da era da IA não é apenas tecnológico, mas essencialmente formativo. Mossin et al(2025) mostram que a formação reduzida ao operacional gera fragilidade intelectual; Ferreira (2025) evidencia que, diante das inteligências artificiais generativas, essa fragilidade se torna risco ético e institucional.

Formar profissionais capazes de operar tecnologias é necessário. Formar sujeitos capazes de compreendê-las, questioná-las e decidir diante delas é indispensável. É nesse ponto de equilíbrio entre fundamentos, ética e inovação que a educação contemporânea precisa se posicionar.


Saiba mais sobre os autores e suas obras (referências):


FERREIRA, Sarah Cristina Maria. A produção acadêmica nos Programas de Pós-graduação Stricto Sensu ProfEPT e PPGET, do Instituto Federal do Triângulo Mineiro [recurso eletrônico]: desafios éticos diante das inteligências artificiais generativas. 2025. 206 f. Dissertação (Mestrado em Educação Profissional e Tecnológica) – Instituto Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, 2025. Disponível em:  https://repositorio.iftm.edu.br/acervo/detalhe/41028. Acesso em: 21 nov. 2025.

MOSSIN, Eduardo André et al. Reflexões sobre a inteligência artificial à luz dos fundamentos da educação profissional e tecnológica. Educação em Revista, v. 41, p. e53835, 2025. Disponível em: https://www.scielo.br/j/edur/a/WrWpmWQby4CcRhJ6DJXzVnr/?format=html&lang=pt. Acesso em: 21 nov. 2025.



terça-feira, 12 de agosto de 2025

O trabalho como princípio educativo: o que isso significa para a EPT?

A discussão sobre Educação Profissional e Tecnológica (EPT) no Brasil é marcada por um dilema antigo: por muito tempo, a elite teve acesso à formação científica e cultural, enquanto às classes trabalhadoras restou uma educação elementar e voltada para o trabalho manual. É nesse contexto que a pesquisadora Maria Ciavatta propõe uma reflexão profunda sobre o trabalho como princípio educativo.

Na obra analisada, Ciavatta dialoga com pensadores como Karl Marx, Antonio Gramsci e Dermeval Saviani, entre outros, para mostrar que o trabalho pode ser mais do que um meio de sobrevivência. Ele pode ser formativo, desde que esteja integrado a práticas pedagógicas críticas e a currículos que unam teoria e prática.

A autora lembra, porém, que o trabalho não é automaticamente educativo. Ele só cumpre esse papel quando:

  • É realizado em condições que respeitem a dignidade humana;

  • Está articulado a uma formação que conecte saberes científicos e tecnológicos à compreensão crítica da sociedade;

  • Incentiva a autonomia intelectual e a participação social.

Essa visão contrasta com modelos tecnicistas, que reduzem a EPT a um treinamento rápido para atender demandas imediatas do mercado. Em vez disso, a proposta é formar cidadãos capazes de compreender e transformar o mundo do trabalho, e não apenas de se adaptar a ele.

O caminho para isso passa pela formação politécnica e pela integração curricular, superando a divisão entre atividades manuais e intelectuais, e exige investimento na formação docente, recursos adequados e uma mudança de mentalidade sobre o papel da educação.

No fim das contas, o trabalho como princípio educativo não é apenas sobre preparar para um emprego, mas sobre preparar para a vida em sociedade, com consciência histórica, técnica e política. 

É um convite para que a EPT seja mais crítica, humana e  transformadora.


📚 Para saber mais, vale conferir o artigo completo de Maria Ciavatta: "Trabalho como princípio educativo".

quinta-feira, 3 de abril de 2025

Artigo publicado na Revista Educitec: reflexões sobre a formação continuada dos TAEs no IFTM

Temos a satisfação de compartilhar com os leitores do Mural de Ideias Afins a publicação do artigo “A formação continuada dos Técnicos-Administrativos em Educação no IFTM: contribuições para o apoio ao ensino e fortalecimento do ambiente educacional, na Educitec – Revista de Estudos e Pesquisas sobre Ensino Tecnológico.

Neste trabalho, resultado da dissertação de mestrado desenvolvida no âmbito do ProfEPT, analisamos a atuação dos Técnicos-Administrativos em Educação (TAEs) nas Instituições Federais de Ensino, com ênfase nas políticas de formação continuada implementadas pelo Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM).

Refletimos sobre como essas políticas têm potencial para fortalecer a atuação dos TAEs nas dimensões administrativa e pedagógica, contribuindo de maneira efetiva para o processo de ensino-aprendizagem e para a construção de um ambiente educacional mais qualificado e integrado.

A análise fundamenta-se em referenciais teóricos da área da Educação, dispositivos legais e documentos institucionais, buscando compreender as práticas formativas no contexto da Educação Profissional e Tecnológica (EPT).

📄 O artigo está disponível na íntegra no link: ARTIGO

Esperamos que este trabalho contribua para o debate sobre a valorização e qualificação dos TAEs, e para o fortalecimento das ações formativas nas instituições que integram a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.

📖 Aproveitamos para convidar os leitores a conhecerem a Revista Educitec, periódico científico que se dedica à divulgação de pesquisas e estudos sobre o Ensino Tecnológico. A revista constitui um espaço importante para o compartilhamento de produções acadêmicas voltadas à Educação Profissional e Tecnológica, estimulando o diálogo entre pesquisadores, profissionais da educação e gestores institucionais. Acesse aqui: EDUCITEC

Agradecemos a leitura e o interesse de todos(as).

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

TAEs, ProfEPT e formação continuada: explore as evidências e reflexões da pesquisa

As instituições federais de ensino dependem diretamente da atuação dos Técnicos-Administrativos em Educação (TAEs) para o desenvolvimento de suas atividades acadêmicas e institucionais. Conforme argumenta Dambrowski (2016), toda ação realizada nos âmbitos do ensino, da pesquisa, da extensão e da assistência conta, de forma direta ou indireta, com a participação desses profissionais. Essa constatação demonstra que os TAEs não apenas viabilizam o funcionamento administrativo das instituições, mas também contribuem ativamente para a consolidação das práticas educacionais.

Diante dessa realidade, minha pesquisa de mestrado teve como objetivo analisar a contribuição do Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT) para a formação continuada dos Técnicos-Administrativos em Educação. Desenvolvida no Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM), a investigação buscou compreender de que forma a qualificação desses profissionais impacta as práticas institucionais e favorece a melhoria das políticas educacionais. Além disso, o estudo analisou as potencialidades e limitações do ProfEPT enquanto espaço formativo voltado a esse segmento profissional.

Os resultados evidenciam que a formação continuada dos TAEs é um fator essencial para a melhoria da gestão educacional e da qualidade dos serviços prestados nas instituições federais de ensino. No entanto, também apontam desafios relacionados à valorização desses profissionais e ao reconhecimento da relevância de sua qualificação para o funcionamento institucional. A pesquisa reforça a necessidade de ampliar o debate sobre a inserção dos TAEs em programas de pós-graduação e sobre o impacto dessa formação no desempenho das atividades acadêmicas e administrativas.

Convido você a acessar a pesquisa intitulada "Educação Profissional e Tecnológica em Foco: o ProfEPT e sua contribuição para a formação continuada dos Técnicos-Administrativos em Educação no IFTM", disponível no Repositório Institucional do IFTM.

(ACESSE AQUI) 


O estudo foi desenvolvido sob a orientação do Prof. Dr. Geraldo Gonçalves de Lima e busca contribuir para o fortalecimento da formação continuada dos TAEs. A participação dos leitores nessa discussão é fundamental. Suas reflexões e experiências podem enriquecer o debate sobre a importância da qualificação dos Técnicos-Administrativos em Educação e seu impacto nas instituições federais de ensino.


📖 Boa leitura e ótimas reflexões!


Referência

DAMBROWSKI, Daniel. A reorganização do trabalho nas universidades federais: a proposta da UFSC. 2016. 276 f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2016.  Disponível em: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalh
oConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6284873. Acesso em: 19 fev. 2025.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

A Importância dos Técnicos-Administrativos na Educação Profissional e Tecnológica: reflexões do Professor Marlúcio

 

Caros leitores, nesta primeira postagem do ano de 2025, gostaríamos de convidá-los a assistirem às reflexões apresentadas pelo Prof. Dr. Marlúcio Anselmo Alves, professor titular do IFTM Campus Patrocínio, sobre a relevante contribuição dos Técnicos-Administrativos em Educação (TAEs) no fortalecimento da Educação Profissional e Tecnológica (EPT) no Brasil. Em um vídeo disponível ao final deste texto, o professor compartilha sua trajetória, experiências e percepções sobre o papel central desses profissionais no funcionamento das instituições de ensino e no processo formativo dos alunos.

A EPT, especialmente com a criação dos Institutos Federais, ganhou amplitude e capilaridade, além de alcançar comunidades e regiões que mais necessitam de inclusão educacional. Esse modelo foi concebido para promover o desenvolvimento social e regional por meio de uma educação de qualidade e acessível. O professor Marlúcio destaca que, por serem Institutos, essa modalidade educacional possibilita uma maior proximidade entre os TAEs e os alunos, o que fortalece a atuação deles no apoio à formação dos estudantes.

Com base em sua própria trajetória, o professor Marlúcio, que iniciou sua carreira como Técnico-Administrativo em Educação (TAE) na Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), relata como essa experiência inicial o aproximou do processo de formação e despertou seu desejo de atuar como docente. Hoje, com 22 anos de experiência como professor EBTT, ele reflete sobre a importância da integração entre TAEs e docentes para o pleno desenvolvimento do modelo educacional.

Enquanto gestor público e ex-diretor do Campus Patrocínio, o professor Marlúcio compartilha as ações que foram realizadas no IFTM para valorizar os Técnicos-Administrativos, como o incentivo à qualificação profissional por meio de programas de mestrado. Ele destaca, por exemplo, os mestrados em Educação Profissional e Tecnológica oferecidos pelo Instituto (ProfEPT e PPGET), assim como a participação dos TAEs em outros mestrados profissionais fora do IFTM, o que contribui para a ampliação de suas possibilidades de formação e desenvolvimento.

Outro ponto relevante abordado pelo professor é o desafio de reduzir o distanciamento entre as carreiras de TAEs e docentes, uma questão ainda presente em algumas instituições. Marlúcio defende que a excelência na formação dos alunos só será atingida com a colaboração estreita entre esses dois grupos profissionais. Cada um, ao compreender seu papel e suas responsabilidades, contribui de maneira decisiva para o funcionamento das instituições e para a consolidação da EPT.

Por fim, o professor enfatiza que os TAEs desempenham um papel que vai muito além das funções administrativas. Eles estão profundamente envolvidos no cotidiano dos estudantes e no suporte direto ao ensino, o que torna sua atuação indispensável para o sucesso do modelo educacional dos Institutos Federais.

Convidamos todos a assistirem ao vídeo completo ao final desta postagem, onde o professor compartilha, com detalhes e propriedade, suas reflexões e vivências. Seu depoimento é um convite à valorização dos TAEs e à construção de uma educação integrada e transformadora. 


Para uma melhor visualização, clique no ícone de engrenagem⚙️, selecione "Qualidade" e escolha a resolução desejada. Para ampliar a exibição, clique no ícone de tela cheia ⛶, conforme ilustrado abaixo.


👈





Conheça mais sobre o professor Marlúcio:




O Prof. Dr. Marlúcio Anselmo Alves possui ampla experiência em docência nos níveis básico, médio, técnico, tecnológico, graduação e pós-graduação. Atua em áreas diversas, como Administração, Saúde Pública e do Trabalhador, Gestão de Pessoas, Semiologia e Saúde Ambiental, além de ser especialista em formação técnica e profissional. Foi responsável por coordenar e ministrar cursos de especialização em Saúde Pública e Saúde do Trabalhador e atuou como Coordenador Geral de Ensino, Pesquisa e Extensão, além de diretor geral do IFTM Campus Patrocínio.

Para mais detalhes sobre sua trajetória acadêmica e profissional, acesse seu currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2912211538957685.


Créditos do vídeo:


Christian Pietro Isaac Alves - https://www.instagram.com/chris_alveszs

Referência


THIEVERY CORPORATION. DC 3000 [Creative Commons - Sampling Plus License]. Wired MagazineDisponível: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2696. Acesso em: 22 jan. 2024.


Contribua com sua opinião. 

Utilize o link "X comentários" para registrar sua mensagem.

👇👇👇👇👇

segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Educação Profissional e Tecnológica e Omnilateralidade? Veja como esses conceitos são essenciais para os servidores dos Institutos Federais

Ao ingressar no Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM) como Técnico-Administrativo em Educação (TAE) em 2014, meu entendimento sobre a Educação Profissional e Tecnológica (EPT) era bastante limitado. Apesar do envolvimento em atividades de ensino, pesquisa e extensão, conceitos como 'omnilateralidade' e a própria concepção de EPT me foram apresentados somente após iniciar o mestrado. Essa descoberta foi transformadora, pois compreender o significado e os princípios que fundamentam a EPT possibilitou um novo olhar sobre minha atuação e contribuições no ambiente institucional. Percebi, ainda, que esses conceitos muitas vezes não são amplamente conhecidos por servidores, sejam docentes ou TAEs, mas que ao compreendê-los, as propostas de trabalho e ações institucionais podem ser repensadas, contribuindo significativamente para a melhoria da qualidade da atuação e do impacto das instituições.

A importância dos Institutos Federais e da EPT

Os Institutos Federais (IFs) destacam-se como espaços inovadores e desafiadores no cenário educacional brasileiro. Conforme Pacheco (2011, p. 12), eles são “a síntese daquilo que de melhor a Rede Federal construiu ao longo de sua história e das políticas de educação profissional e tecnológica do governo federal. São caracterizados pela ousadia e inovação necessárias a uma política e a um conceito que pretendem antecipar aqui e agora as bases de uma escola contemporânea do futuro e comprometida com uma sociedade radicalmente democrática e socialmente justa”. Esse destaque confere aos servidores dessas instituições, incluindo os TAEs, uma responsabilidade significativa: compreender e aplicar os princípios da EPT em suas práticas cotidianas. A EPT, conforme Ramos (2014), transcende a simples preparação técnica para o mercado de trabalho, configurando-se como uma formação integral que promove a autonomia e o pensamento crítico.

Omnilateralidade: mais do que um conceito, um compromisso

A formação omnilateral, por sua vez, é um princípio central da EPT. Conforme Frigotto (2012), omnilateralidade refere-se à formação que considera todas as dimensões do ser humano e tem como objetivo seu desenvolvimento integral. Essa concepção rejeita a dicotomia entre formação técnica e educação geral, defendendo uma abordagem que articula saberes teóricos e práticos, cultura e trabalho. Como aponta Moura (2014), essa perspectiva tem como objetivo a construção de uma sociedade justa e equitativa. No contexto dos Institutos Federais, a formação omnilateral não é apenas uma meta pedagógica, mas um reflexo do compromisso com a transformação social. Ciavatta (2014), enfatiza que a luta por uma educação omnilateral requer a apropriação crítica de diferentes campos do saber, capacitando os sujeitos para intervenções concretas e transformadoras na realidade social.

O papel dos TAEs na construção de uma educação transformadora

Dambrowski (2016, p. 22), destaca que os TAEs têm um papel essencial no funcionamento das Instituições Federais de Ensino, atuando de forma direta ou indireta em atividades de ensino, pesquisa, extensão e assistência. Essa atuação vai muito além do suporte administrativo e operacional, sendo parte integrante da construção de práticas educacionais alinhadas aos princípios da EPT e da formação omnilateral. Para desempenharem esse papel com excelência, os TAEs precisam compreender os fundamentos que sustentam a proposta pedagógica das IFs. Como aponta Batista et al. (2019), a formação continuada é uma ferramenta estratégica para alinhar as práticas institucionais às demandas de uma educação contemporânea e inclusiva.

Por que compreender a EPT e a omnilateralidade é fundamental?

Conhecer os conceitos de EPT e omnilateralidade não é uma tarefa exclusiva dos docentes. Todos os profissionais das IFs têm a oportunidade de contribuir para a formação integral dos estudantes, seja pela adoção de práticas administrativas mais alinhadas aos princípios educacionais, seja pela criação de ambientes que fomentem a inclusão, a autonomia e o pensamento crítico. O Parecer CNE/CEB nº 11/2012 reforça essa visão ao afirmar que a Educação Profissional não deve ser vista como um mero ajuste às demandas do mercado de trabalho, mas como um meio de acesso às conquistas científicas e tecnológicas, promovendo uma compreensão global do processo produtivo e mobilizando valores essenciais para o mundo do trabalho.

Formação continuada: uma estratégia para transformação

A formação contínua emerge como uma estratégia indispensável para os servidores que desejam aprimorar suas práticas e alinhar-se aos objetivos da EPT. Pacheco (2011, p. 52), afirma que as instituições devem “possibilitar aos trabalhadores a formação continuada ao longo da vida, reconhecendo competências profissionais e saberes adquiridos informalmente em suas vivências”. Esse processo contribui não apenas para o desenvolvimento profissional, mas também para a consolidação de uma educação pública, gratuita e de qualidade.

Convite à reflexão

Convido os leitores deste blog, especialmente os colegas TAEs, a refletirem sobre seu papel nas Instituições Federais de Ensino. Estamos, de fato, alinhando nossas práticas aos princípios que fundamentam a EPT e a formação omnilateral? Conhecer esses conceitos e incorporá-los em nossas ações cotidianas pode ser um passo fundamental para ampliar a qualidade do ensino ofertado e fortalecer o compromisso dos Institutos Federais com uma educação transformadora. Finalizo essa reflexão com uma provocação: que tal começar 2025 com o compromisso de conhecer mais sobre a EPT e omnilateralidade? O primeiro passo pode ser compreender como nossas ações impactam diretamente na construção de uma educação mais inclusiva, crítica e transformadora. Afinal, como parte integrante do que há de melhor na Rede Federal, temos a oportunidade de fazer a diferença na vida dos estudantes e na sociedade.



Referências


BATISTA, E. A. et al. Processo de Capacitação: Formação Continuada dos Técnicos Administrativos em Educação do IFAM Campus Coari. 2019. Trabalho apresentado no IX Congresso de Engenharia de Produção, Ponta Grossa, 2019. Disponível em: https://aprepro.org.br/conbrepro/2019/anais/arquivos/10152019_231012_5da67f8889ced.pdf. Acesso em: 16 dez. 2024.

BRASIL. Parecer CNE/CEB nº: 11/2012 - Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio. Brasília, DF: Ministério da Educação, [2012]. Disponível em: https://www.gov.br/mec/pt-br/media/seb-1/pdf/leis/pareceres_cne/pceb011_12.pdf. Acesso em: 16 dez. 2024.


CIAVATTA, Maria. O ensino integrado, a politecnia e a educação omnilateral. Por que lutamos? Trabalho & Educação, v. 23, n. 1, p. 187-205, 2014. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/trabedu/article/view/9303/6679. Acesso em: 16 dez. 2024.

DAMBROWSKI, Daniel. A reorganização do trabalho nas universidades federais: a proposta da UFSC. 2016. Dissertação (Mestrado em Educação) Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2016. Disponível em:  https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6284873. Acesso em: 16 dez. 2024.

FRIGOTTO, Gaudêncio. Educação omnilateral. In: Caldart, Roseli. PEREIRA, Isabel Brasil. ALENTEJANO, Paulo. FRIGOTTO, Gaudêncio. (Orgs.). Dicionário da Educação do Campo. Rio de Janeiro, São Paulo: Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Expressão Popular, 2012. Disponível: em: https://www.epsjv.fiocruz.br/sites/default/files/l191.pdf. Acesso em: 16 dez. 2024.

MOURA, Dante Henrique. Trabalho e formação docente na educação profissional. 2014. Curitiba: Instituto Federal do Paraná, 2014. Disponível em:  https://memoria.ifrn.edu.br/bitstream/handle/1044/326/Trabalho%20e%20Formacao%20Docente%20-%20livro%20IFPR.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 16 dez. 2024.

PACHECO, Eliezer. Institutos Federais uma revolução na educação profissional e tecnológica. Institutos Federais uma revolução na educação profissional e tecnológica. Brasília: Moderna, 2011. Disponível em: https://www.fundacaosantillana.org.br/wp-content/uploads/2019/12/67_Institutosfederais.pdf. Acesso em: 16 dez. 2024.

RAMOS, Marise Nogueira. História e política da educação profissional. Curitiba: Instituto Federal do Paraná, v. 5, 2014. Disponível em:  https://ifg.edu.br/attachments/article/32019/Hist%C3%B3ria-e-pol%C3%ADtica-da-educa%C3%A7%C3%A3o-profissional.pdf. Acesso em: 16 dez. 2024.


sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Processo seletivo 2024 do Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT): INSCRIÇÕES ABERTAS

O Programa de Pós-graduação stricto sensu em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT) anuncia a abertura do Exame Nacional de Acesso (ENA) para o processo seletivo do curso de Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica, conforme o edital nº 01/2024. O ProfEPT, reconhecido pela Capes/MEC e oferecido em rede nacional, tem como objetivo fortalecer a formação de profissionais, promovendo pesquisas e desenvolvendo produtos educacionais voltados à Educação Profissional e Tecnológica (EPT).

Inscrições prorrogadas até  - 10/01/2025

Sobre o programa

O curso busca integrar o conhecimento acadêmico à prática profissional, com foco em formar mestres capazes de atuar na educação técnica e tecnológica. As pesquisas desenvolvidas estão organizadas em duas linhas de pesquisa:

  • Linha 1: Práticas Educativas em Educação Profissional e Tecnológica (EPT) - Foca no desenvolvimento curricular e práticas pedagógicas, abordando temas como Educação de Jovens e Adultos, Educação Indígena, relações étnico-raciais, questões de gênero e inclusão de pessoas com deficiência.

  • Linha 2: Organização e Memórias de Espaços Pedagógicos na EPT - Explora a concepção e organização dos espaços pedagógicos e suas memórias históricas, enfatizando a integração do trabalho como princípio educativo e da pesquisa como princípio pedagógico.

Vagas reservadas para servidores da Rede Federal

Dentre as 656 vagas ofertadas50% são reservadas para servidores pertencentes ao quadro permanente ativo das seguintes instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica: Institutos Federais de Educação, Centros Federais de Educação Tecnológica e Colégio Pedro I

Ampla Concorrência

Desde o edital de 2023, o ProfEPT implementou novos critérios para as vagas destinadas à ampla concorrência, que permanecem válidos para o processo seletivo de 2024. Agora, os candidatos devem comprovar experiência recente (entre os anos de 2023 e 2024) em atividades de ensino ou gestão pedagógica no contexto da Educação Profissional e Tecnológica, tanto em espaços formais quanto não-formais.

Os candidatos da ampla concorrência devem atender aos seguintes requisitos:

  • Experiência mínima comprovada de um semestre completo (6 meses) ou 80 horas totais em práticas de ensino ou gestão pedagógica na área de EPT.

  • Áreas de atuação aceitas:

    • Formação inicial e continuada de trabalhadores ou qualificação profissional.
    • Educação Profissional Técnica de Nível Médio (EPTNM).
    • Educação Profissional Tecnológica de Nível Superior (graduação ou pós-graduação).
  • Espaços não-formais aceitos incluem ONGs, organizações sociais e outras instituições que comprovadamente atuam na formação de trabalhadores.

A comprovação deverá ser feita no ato da matrícula, com documentos autenticados que detalhem a atuação profissional.


Vagas para o IFTM Campus Uberaba Parque Tecnológico

O IFTM disponibiliza 16 vagas para o processo seletivo 2024.

Inscrição e taxa

As inscrições serão realizadas exclusivamente online por meio do site https://profept.ifes.edu.br, onde também estará disponível o edital completo.

  • Período de inscrições: Consultar o cronograma no edital.
  • Taxa de inscrição: R$ 160,00 (com possibilidade de isenção para candidatos que se enquadrem nos critérios do edital).

Conclusão do mestrado

O curso tem duração de até 24 meses, durante os quais o mestrando deve desenvolver um produto educacional e apresentar uma dissertação. Além disso, será necessário submeter um artigo ou capítulo de livro em coautoria com o orientador.


Para mais detalhes sobre o processo seletivo e orientações para a inscrição, acesse o site:


Aproveite esta oportunidade para expandir suas competências e contribuir para o avanço da Educação Profissional e Tecnológica no Brasil!



segunda-feira, 28 de outubro de 2024

Dia do Servidor Público: um destaque aos Técnicos-Administrativos em Educação (TAEs)

28 de outubro, Dia do Servidor Público, celebramos o trabalho de milhares de servidores espalhados por todo o Brasil, que atuam de maneira incansável para garantir serviços essenciais e promover o bem-estar e o desenvolvimento social da população. Entre esses profissionais, destacamos os Técnicos-Administrativos em Educação (TAEs), cuja atuação é fundamental para a qualidade e o funcionamento das Instituições Federais de Ensino. Este recorte exemplifica a importância desses profissionais para atividades gestão, ensino, pesquisa e extensão, pilares da educação pública no Brasil.

Os TAEs ocupam cargos diversos, como Assistentes Administrativos, Técnicos em Assuntos Educacionais, Bibliotecários, Nutricionistas, Tecnologia da Informação, Engenheiros, Contadores, Auditores, além de diversos técnicos, entre outros. Esses cargos refletem a complexidade e a multiplicidade de funções que garantem o suporte necessário para o desenvolvimento das atividades acadêmicas e administrativas. A diversidade de formação dos TAEs inclui graduação e especialização em áreas como Administração, Direito, Tecnologia da Informação, Biblioteconomia, Nutrição, Engenharias, Contabilidade, dentre outras, evidenciando a amplitude de qualificações que compõem esse grupo.

O Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE), estabelecido pela Lei nº 11.091/2005, prevê incentivos para que esses profissionais busquem qualificação contínua, como o Incentivo à Qualificação. Esse benefício é destinado a servidores que completam cursos superiores além das exigências mínimas de seus cargos, estimulando o desenvolvimento profissional e, consequentemente, fortalecendo a qualidade dos serviços prestados nas instituições.

A atuação dos TAEs vai além do suporte administrativo; eles desempenham papéis importantes em núcleos pedagógicos e de inclusão, como os Núcleos de Apoio Pedagógico e de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas. Essas funções demonstram o compromisso dos servidores com uma educação inclusiva, que busca garantir acesso e equidade para todos os estudantes. Além disso, os TAEs atuam na organização e gestão de áreas estratégicas, como finanças, logística e recursos humanos, mostrando sua relevância para o funcionamento integral das instituições.

A formação continuada, por meio de programas específicos como mestrados e especializações, é um caminho que muitos desses profissionais seguem para se manterem atualizados e capacitados diante das demandas institucionais e educacionais. Freitas et al. (2017) afirmam que a qualificação permite que os TAEs aprimorem suas práticas, contribuindo para a inovação e o fortalecimento das instituições de ensino. Ao se capacitarem, os TAEs não apenas desenvolvem suas carreiras, mas também reforçam seu compromisso com a educação pública e de qualidade.

Esses profissionais reafirmam o papel da educação como um direito social, promovendo a transformação e o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e equitativa (Almeida, 2018). Neste Dia do Servidor Público, é essencial valorizar a dedicação e a competência dos TAEs, que, por meio de sua formação e atuação estratégica, não apenas garantem que as instituições federais de ensino operem com excelência, mas também fortalecem a identidade da educação pública, gratuita inclusiva e de qualidade no Brasil.




Observação: Este texto é uma adaptação da pesquisa "EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA EM FOCO: o ProfEPT e sua contribuição para a formação continuada dos Técnicos-Administrativos em Educação no IFTM", a ser defendida em fevereiro de 2025.


REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Carlos Augusto Gomes de. A carreira dos Técnico-Administrativos em Educação: movimento de resistência à política do MEC e um constante recomeço. 2018. Tese (Doutorado em Educação) Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2018. Disponível em:  https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6519. Acesso em: 28 out. 2024.

BRASIL.  Lei nº 11.091, de 12 de janeiro de 2005. Dispõe sobre o Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação. Brasília, DF: Presidência da República, Casa Civil, [2005]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11091.htm. Acesso em: 28 out. 2024.

FREITAS, R. C. O. et al. O Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica em Rede Nacional: considerações preliminares. Educação Profissional e Tecnológica em Revista, Vitória, v. 1, n. 1, p. 74-89, 2017. Disponível em:  https://ojs.ifes.edu.br/index.php/ept/article/view/359. Acesso em: 28 out. 2024.

sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Educação Profissional e Tecnológica: perfil dos Técnicos-Administrativos em Educação no ProfEPT / IFTM - Resultados preliminares e reflexões




A formação continuada é um dos pilares do desenvolvimento profissional dos servidores públicos, especialmente no âmbito da educação. A pesquisa Educação Profissional e Tecnológica em foco: o ProfEPT e sua contribuição para a formação continuada dos Técnicos-Administrativos em Educação no IFTM, orientada pelo Prof. Dr. Geraldo Gonçalves de Lima, tem como foco analisar o impacto do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação Profissional e Tecnológica em Rede Nacional (ProfEPT) no desenvolvimento dos Técnicos-Administrativos em Educação (TAEs). O estudo, conduzido no âmbito da VI turma do ProfEPT no Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM), busca compreender as percepções dos TAEs em relação à formação continuada e seus reflexos no cotidiano institucional.


Perfil sociodemográfico e acadêmico dos participantes

Desde sua implementação em 2017, o ProfEPT no IFTM ofereceu um total de 150 vagas, das quais 94 foram ocupadas por TAEs. Isso reflete o crescente interesse desses profissionais por uma qualificação formal e continuada. Do total de participantes, destaca-se a representatividade do IFTM, com 49 vagas preenchidas por servidores da própria instituição, seguido por outras instituições de ensino, como a Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e o Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG).


                                  

A significativa participação de TAEs, tanto mulheres quanto homens no ProfEPT, ressalta o compromisso desses profissionais com o desenvolvimento contínuo. Este engajamento na qualificação pode ter um impacto direto na qualidade da educação oferecida pelas instituições, visto que profissionais mais capacitados estão melhor preparados para enfrentar os desafios administrativos e educacionais. 


                                         

                              

Além disso, a faixa etária dos participantes varia de 28 a 64 anos, demonstrando que o programa atrai tanto profissionais mais jovens quanto servidores mais experientes, o que possibilita a troca de experiências entre diferentes gerações.



              

Geograficamente, a maioria dos participantes reside na região do Triângulo Mineiro, com destaque para as cidades de Uberaba e Uberlândia. Essa proximidade facilita o acesso ao campus Uberaba Parque Tecnológico, onde as atividades presenciais do programa são realizadas, embora o formato semipresencial permita uma maior flexibilidade para os TAEs de outras regiões.


Diversidade institucional 

O ProfEPT no IFTM conta com uma significativa diversidade institucional. Além dos servidores do IFTM, TAEs de instituições como a UFTM, UFU e CEFET-MG também participam do programa. Essa diversidade institucional contribui para uma troca de saberes e práticas administrativas e pedagógicas entre os TAEs de diferentes contextos, o que enriquece ainda mais o ambiente formativo.

Em termos de formação acadêmica, os TAEs participantes possuem graduação em áreas como Administração, Biblioteconomia, Tecnologia da Informação, Nutrição, entre outras. Essas formações diversas refletem o caráter interdisciplinar do ProfEPT, que oferece uma oportunidade única de desenvolvimento profissional tanto para servidores que atuam em funções administrativas quanto para aqueles que lidam diretamente com a prática pedagógica e educacional. Essa interdisciplinaridade é uma das grandes forças do programa, pois permite que o conhecimento adquirido seja aplicado em várias frentes institucionais.

                                      

                                            

Impacto no desenvolvimento profissional e institucional

Os dados preliminares apontam que o ProfEPT tem um impacto direto e positivo no desenvolvimento profissional dos TAEs. Esse impacto pode ser observado tanto no aprimoramento das competências individuais quanto nas melhorias institucionais, conforme relatado pelos participantes. A qualificação adquirida durante o mestrado tem sido aplicada em suas práticas cotidianas, resultando em uma gestão mais eficiente, inovadora e adaptada às demandas contemporâneas da educação.

Essa formação também tem gerado um impacto significativo nas práticas administrativas e na interação dos TAEs com outros setores das instituições de ensino. Profissionais que antes se concentravam em atividades essencialmente administrativas estão agora mais capacitados para interagir com questões pedagógicas e de gestão educacional, criando uma integração mais fluida entre as áreas administrativas e acadêmicas.

Os resultados preliminares indicam, ainda, que a diversidade de gênero, formação acadêmica e experiência profissional dos TAEs contribui para a criação de um ambiente colaborativo e inclusivo. A participação de mulheres em maior número, a variedade de formações e as diferentes fases de carreira representadas no programa oferecem múltiplas perspectivas que enriquecem o processo de ensino-aprendizagem e a aplicação do conhecimento.


Reflexões para o futuro e incentivo à participação

Com a previsão de conclusão da dissertação e divulgação dos resultados finais em fevereiro de 2025, as informações preliminares já sinalizam a importância e a efetividade do ProfEPT como ferramenta de qualificação continuada. Dada a relevância dessa formação para o desenvolvimento pessoal e profissional dos TAEs, espera-se que mais servidores venham a se interessar pelos próximos editais do programa.

Aqueles que desejam aprimorar suas competências e contribuir de forma mais significativa para suas instituições têm no ProfEPT uma oportunidade única de desenvolvimento. O programa, ao integrar teoria e prática de maneira interdisciplinar, permite que os TAEs se tornem agentes de mudança, não apenas em suas áreas de atuação, mas no contexto mais amplo da educação pública no Brasil.

O ProfEPT, além de proporcionar uma qualificação acadêmica de excelência, promove o desenvolvimento de habilidades práticas e de gestão que são fundamentais para a melhoria da educação no Brasil. O incentivo à participação de TAEs de diversas instituições e regiões fortalece o compromisso com uma educação inclusiva, crítica e voltada para a inovação.


Conclusão

Os resultados preliminares da pesquisa demonstram o impacto positivo do ProfEPT na formação continuada dos Técnicos-Administrativos em Educação (TAEs), refletindo-se tanto no desenvolvimento profissional dos participantes quanto nas práticas institucionais. O programa se consolida como uma ferramenta estratégica para capacitar servidores, promovendo uma gestão educacional mais eficiente e integrada.

Assim, espera-se que mais TAEs se interessem pelos próximos editais, aproveitando essa oportunidade de qualificação contínua, e que possam contribuir para que o ProfEPT continue a desempenhar um papel essencial na transformação das práticas administrativas e educacionais, fortalecendo o compromisso com uma educação pública de qualidade.


Um forte abraço,

Marcelo dos Reis da Silva Alves
Mestrando ProfEPT / IFTM - VI Turma

segunda-feira, 5 de agosto de 2024

Reflexões sobre o ProfEPT e a Educação Profissional e Tecnológica: perspectivas de Fernanda Faustino Nogueira Nunes



Fernanda Faustino Nogueira Nunes possui graduação em Biblioteconomia e Documentação pelo Centro Universitário de Formiga (2003). Atualmente, ela atua como Técnico-Administrativo em Educação no cargo de Bibliotecária-Documentalista no Instituto Federal do Triângulo Mineiro, Campus Patrocínio. Com experiência na área de Ciência da Informação, Fernanda trabalha com temas como educação, metodologia, divulgação, biblioteca, ensino, aprendizagem e comunicação. Egressa do ProfEPT no IFTM, ela participou da segunda turma do programa. 

Na entrevista a seguir, Fernanda traz uma perspectiva sobre os desafios e benefícios do Mestrado, contribuindo com importantes reflexões sobre o ProfEPT e a Educação Profissional e Tecnológica (EPT).

_____________________________

Como você descreveria sua experiência pessoal no ProfEPT e quais foram os principais benefícios que você observou em sua atuação como Bibliotecária-Documentalista no IFTM Campus Patrocínio?

Minha experiência pessoal no ProfEPT foi extremante positiva. Minha entrada se deu pela Avaliação Nacional, que contemplou questões fechadas e prova discursiva. Me preparei muito, li todos os textos, fiz fichamento, enfim, minha entrada no mestrado aconteceu bem antes da efetivação da matrícula, pois havia tentado o Processo Seletivo no ano anterior, além de cursar disciplina isolada no Mestrado. Enfim, o contato com os textos já foi uma preparação para o que viria. O fato de não ter exigido a escrita do projeto, foi louvável, pois como bibliotecária, ainda não tinha um objeto de pesquisa definido. Assim que meu orientador me apresentou um tema e fomos conversando para alinharmos as ações, vi o quanto o projeto traria uma experiência profissional única, que me permitiu sair dos muros da biblioteca e, ao mesmo tempo protagonizar a importância desse setor para a instituição.

Quais desafios você enfrentou durante o curso do ProfEPT e como conseguiu superá-los? 

Os maiores desafios foram as viagens para cursar as disciplinas, e a necessidade de me distanciar da família todas as semanas. Quando iniciei o curso, minha filha estava com 4 anos, e o fato de eu e meu esposo não termos ponto de apoio e família perto, gerava muito angústia. Mas sabia que esse tempo findaria logo e era certo que em breve os frutos seriam colhidos. Senti um pouco de dificuldade também durante a escrita do projeto, mas meu orientador era muito presente, o que me deixava mais tranquila sempre quando devolvida os textos lidos.

De que maneira o ProfEPT contribuiu para o desenvolvimento das suas habilidades e conhecimentos na sua área de atuação? 

Minha área de atuação é bem específica e técnica. Fiz bacharelado e o curso não forneceu bases teóricas sobre o campo da educação, quiçá da educação profissional. Dessa forma, o ProfEPT contribuiu muito para minha compreensão acerca da Educação, o contexto histórico e sobretudo sobre a Educação Profissional e Tecnológica, onde atualmente desenvolvo minhas atividades profissionais.

Como você percebe o impacto da formação continuada¹ do ProfEPT na sua Instituição de origem e no desenvolvimento dos processos administrativos e pedagógicos? 

Há legislações específicas que tratam sobre a necessidade de atualização continuada para os servidores que atuam nos diversos setores das instituições de ensino. Desse modo, para além da melhoria da remuneração dos Técnicos Administrativos da Educação, fulcro da Lei 11091 que regulamenta e estrutura a carreira, o ProfEPT preenche uma lacuna e aproxima essa categoria do fazer pedagógico, atividade fim dos Institutos Federais. Ademais, o fato de se obter a capacitação no campo da Educação Profissional e Tecnológica aproxima os Técnicos Administrativos mais ligados às áreas administrativas e gestão com as realidades difundidas desse campo de atuação.

Quais melhorias você sugere para o ProfEPT a fim de atender melhor às necessidades dos Técnicos-Administrativos em Educação? 

Sugiro ampliar as discussões sobre o contexto da Educação Profissional e Tecnológica, no interior das disciplinas, buscando acréscimo e reformulação dessas em consonância com a realidade da área do Mestrado. Sugiro também que a Coordenação organize encontros virtuais para troca de experiências entre alunos e egressos. Isso possibilitaria um crescimento da Rede como um todo.

Você tem alguma mensagem ou conselho para os TAEs que estão considerando participar do ProfEPT ou de outros programas de Mestrado? 

O ProfEPT é um mestrado muito interessante, pois possibilita a interação com ingressantes de diversas áreas. Recomendo o ProfEPT para os Técnicos que desejam cursar um mestrado profissional e que oportuniza o aprofundamento sobre a Educação Profissional e Tecnológica. Ademais, o ProEPT é um mestrado que direciona para o desenvolvimento de Produtos Tecnológicos inovadores, sendo que isso contribui para a melhoria dos processos dos servidores em suas ocupações.

_____________________________

As reflexões apresentadas por Fernanda nos proporcionam uma excelente visão sobre sua trajetória e os impactos do ProfEPT na sua carreira e na Educação Profissional e Tecnológica. Somos imensamente gratos por ela compartilhar suas experiências, desafios e sugestões valiosas para o aprimoramento do programa e para o desenvolvimento dos profissionais da área.

Reforçamos a importância do conhecimento em EPT, especialmente para servidores de instituições de ensino. Aprofundar-se nesse campo é essencial para promover inovações e melhorar processos administrativos e pedagógicos.

Aos leitores, nosso agradecimento e o convite para continuarem acompanhando nossas publicações. Um abraço, até a próxima!

_____________________________

1 - A escolha pela nomenclatura "formação continuada" se deu com base nos documentos institucionais, na bibliografia pesquisada e no regulamento do programa. Conforme o item I, do Art. 3º do regulamento, um dos objetivos do ProfEPT é "atender à necessidade de formação continuada, numa perspectiva interdisciplinar e em nível de mestrado, a fim de desenvolver atividades de ensino, gestão e pesquisa relacionadas à EPT, na perspectiva de elaboração de produtos educacionais e materiais técnico-científicos com vistas à melhoria do ensino e à inovação tecnológica." (IFES, 2023)


INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO (IFES). Regulamento Geral - 2023. Disponível em:  https://profept.ifes.edu.br/regulamentoprofept/16478-regulamento2023. Acesso em: 05 ago. 2024.

segunda-feira, 22 de julho de 2024

Edital Aberto para o Mestrado Profissional em Educação Tecnológica no Campus Uberaba - 2024/2

O Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM) divulgou o Edital N° 2/2024/COPESE-URA para o processo seletivo do Mestrado Profissional em Educação Tecnológica, no Campus Uberaba, para o segundo semestre de 2024.




Vagas e Inclusão

Serão oferecidas 21 vagas, distribuídas conforme a disponibilidade das linhas de pesquisa e de cada professor orientador. Do total de vagas, 20% são destinadas a candidatos autodeclarados negros, quilombolas ou indígenas, e 5% a candidatos com deficiência. Os demais candidatos poderão se inscrever nas vagas de ampla concorrência.

Sobre o Programa de Pós-Graduação em Educação Tecnológica

O Programa de Pós-Graduação em Educação Tecnológica do IFTM, que inclui os cursos de Mestrado e Doutorado Profissional em Educação Tecnológica, foi aprovado pela CAPES em 11 de abril de 2014. Este programa representa um salto significativo na qualidade do desenvolvimento educacional local e regional. Seus principais objetivos são:

  • Formar profissionais qualificados em Educação Tecnológica.
  • Transferir conhecimentos para a sociedade.
  • Atender demandas específicas de arranjos produtivos com foco no desenvolvimento nacional, regional e local.
  • Promover a prática profissional avançada e transformadora.
  • Expandir as atividades de educação de nível stricto sensu através da difusão da ciência, tecnologia e inovação no âmbito da Educação Profissional.

Organização e Linhas de Pesquisa

Os cursos de Mestrado e Doutorado estão organizados em torno da área de concentração "Educação Tecnológica, Inovação e Trabalho" e são desdobrados nas seguintes linhas de pesquisa:

  1. Educação, Trabalho, Ciência e Tecnologia – Processos Formativos e Práticas Educativas em Educação Tecnológica: Investiga as mudanças tecnológicas globais, o trabalho e suas implicações educacionais, além dos processos formativos em instituições educacionais e empresariais.

  2. Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), Inovação Tecnológica e Mudanças Educacionais: Analisa as possibilidades e desafios da educação em um contexto de inovação tecnológica, com foco na construção do conhecimento, aprendizagem colaborativa e o papel do professor.

  3. Gestão das Organizações e Políticas Públicas para a Educação Tecnológica e Profissional: Estuda o impacto das políticas públicas na gestão das organizações de educação tecnológica e profissional, destacando o papel do Estado e a democratização do espaço escolar.

Perfil do Profissional

O curso visa formar profissionais com conhecimentos em Pesquisa Científica, Ciências da Educação, Educação Profissional, Tecnologias e Inovação Tecnológica, capacitando-os para atuar em instituições de ensino, empresas ou organizações públicas e privadas. Esses profissionais estarão aptos a participar de grupos de pesquisa e produzir conhecimentos aplicados à educação tecnológica.

Organização Curricular

  • Mestrado: 48 créditos, equivalentes a 720 horas-aula.
  • Doutorado: 60 créditos, equivalentes a 900 horas-aula.

Para mais informações, acesse o edital completo e a página do curso através dos links abaixo:

Venha fazer parte dessa jornada de inovação e transformação na Educação Tecnológica!

terça-feira, 2 de julho de 2024

FERRAMENTAS DIGITAIS NA EDUCAÇÃO: uso do Padlet para otimização das atividades de TAEs e Professores

A utilização de ferramentas digitais tem se mostrado uma poderosa aliada para os profissionais da educação, tanto em atividades administrativas quanto acadêmicas. A linha de pesquisa 1 do ProfEPT, "Práticas Educativas em Educação Profissional Tecnológica", aborda essa temática, fundamentando as práticas educativas e o desenvolvimento curricular na Educação Profissional e Tecnológica (EPT) através de estratégias transversais e interdisciplinares. O objetivo é proporcionar uma formação integral e significativa para os estudantes, fundamentada no trabalho como princípio educativo e na pesquisa como princípio pedagógico, em espaços formais e não formais.

Essa linha de pesquisa considera a Educação de Jovens e Adultos, Indígena, Étnico-Racial, Quilombola, do Campo, Questões de Gênero e Educação para Pessoas com Deficiências (PCD) e suas relações com o mundo do trabalho. A disciplina obrigatória "Práticas Educativas em Educação Profissional Tecnológica" analisa fundamentos da organização dos trabalhos pedagógicos na EPT, tendências de ensino e aprendizagem, gestão de sala de aula, projetos pedagógicos e métodos de planejamento, enfatizando a aprendizagem dialógica e a criação de um ambiente inclusivo.

Breve contexto sobre Práticas Educativas

As práticas educativas envolvem ações e projetos que enriquecem o processo de ensino-aprendizagem e promovem o desenvolvimento integral dos participantes. As bem-sucedidas são aquelas que geram aprendizagem e desenvolvimento humano, pois contribuem para a expansão de afetos alegres que potencializam mentes e corpos humanos a agirem com compromisso social. Em outras palavras, uma prática educativa bem-sucedida é aquela que colabora para que os alunos se tornem mais humanos do ponto de vista sócio-histórico, afetando-os de maneira positiva e aumentando a potência de ser e agir tanto do professor quanto do aluno (Marques; Carvalho, 2017).

A necessidade de competências tecnológicas para os profissionais da Educação

Os profissionais da educação precisam desenvolver competências relacionadas ao conhecimento e uso de tecnologias educacionais ao longo de sua formação, principalmente devido à sua presença constante na sociedade atual. É essencial que os educadores estejam preparados para integrar essas tecnologias em suas práticas pedagógicas, maximizando o potencial de aprendizagem dos alunos.

No contexto do ProfEPT no IFTM, a VI turma, orientada pelo Prof. Dr. Luis Augusto da Silva Domingues, explorou diversas atividades práticas, como resenhas, confecção de projetos e planos de aula, organização de seminários, e a utilização de ferramentas digitais como meio de abordagem do ensino-aprendizagem. Dentre elas o Padlet.


Discentes da linha de pesquisa 1 do ProfEPT, "Práticas Educativas em Educação Profissional Tecnológica" - VI turma ProfEPT - IFTM

Padlet: uma ferramenta digital colaborativa

O Padlet é uma ferramenta digital que permite a construção de murais virtuais, colaborativos e gratuitos, onde os usuários podem curtir, comentar e avaliar as postagens de materiais publicados, além de compartilhar esses murais para visualização ou edição. Ferramentas como o Padlet, que possuem características colaborativas, permitem a interação entre os sujeitos, difundindo ideias, cultura e democratizando as informações. Essas ferramentas contribuem para potencializar os processos formativos no ciberespaço (Silva; Lima, 2018).


Exemplos de uso do Padlet 

Durante as aulas da VI turma do ProfEPT no IFTM, o Professor Luis Augusto, após uma excelente abordagem conceitual sobre a utilização de ferramentas digitais, conduziu a exploração prática do uso do Padlet na disciplina 'Práticas Educativas em Educação Profissional Tecnológica'. Alguns exemplos incluem:

Esses exemplos ilustram como o Padlet pode ser utilizado para promover a interação entre alunos e professores, facilitando a troca de ideias e a construção colaborativa do conhecimento. Além disso, ferramentas digitais como o Padlet podem auxiliar os profissionais da educação em diversas situações, tanto administrativas quanto pedagógicas, tornando as atividades mais dinâmicas e eficientes.

Interessante, não é? Aprenda a criar e utilizar um Padlet

Passo 1: Acesse o Site do Padlet

Passo 2: Crie um Novo Padlet

  • Após fazer login, clique em “Make a padlet” ou “+” no painel principal.
  • Escolha o formato que melhor se adapta às suas necessidades.

Passo 3: Personalize seu Padlet

  • Dê um título e uma descrição.
  • Personalize o fundo, a disposição dos posts e adicione um ícone.
  • Configure as opções de privacidade.

Passo 4: Adicionar Conteúdo

  • Clique no botão “+” no canto inferior direito para adicionar postagens.
  • Adicione textos, imagens, links, vídeos, arquivos, etc.

Promova permissões, engajamento, interação, colaboração a atualização

  • Após configurar seu Padlet, clique em “Share” e copie o link para compartilhar.
  • Configure as permissões de edição para permitir que outros contribuam.
  • Faça perguntas abertas e convide os participantes a compartilharem suas opiniões e experiências.
  • Incentive o uso de comentários e reações às postagens.
  • Organize atividades colaborativas, como sessões de ideias criativas, debates e projetos de grupo.
  • Mantenha o Padlet atualizado com novos conteúdos e tópicos de discussão.

Para uma melhor compreensão, acesse o vídeo "Como usar o PADLET - Tutorial Completo"

A integração de ferramentas digitais como o Padlet pode transformar a dinâmica educacional, oferecendo aos TAEs e demais profissionais da educação um meio eficaz de melhorar suas práticas pedagógicas e administrativas. Com a adoção dessas tecnologias, é possível promover um ambiente mais interativo, colaborativo e inclusivo, refletindo diretamente na qualidade do ensino e na gestão educacional.

Fique atento às próximas postagens do "Mural de ideias afins em educação profissional e tecnológica", onde continuaremos a explorar temas relevantes para a EPT e o desenvolvimento profissional dos TAEs.

Um abraço!


Referencial

MARQUES, Eliana de Sousa Alencar; CARVALHO, Maria Vilani Cosme de. Prática educativa bem-sucedida na escola: reflexões com base em LS Vigotski e Baruch de Espinosa. Revista Brasileira de educação, v. 22, n. 71, p. e227169, 2017. Disponível em:  http://educa.fcc.org.br/pdf/rbedu/v22n71/1809-449X-rbedu-22-71-e227169.pdf. Acesso em: 01 jul. 2024.

SILVA, Patrícia Grasel da; LIMA, Dione Souza de. Padlet como ambiente virtual de aprendizagem na formação de profissionais da educação. Revista novas tecnologias na educação, v. 16, n. 1, 2018. Disponível em:  https://seer.ufrgs.br/index.php/renote/article/view/86051/49407. Acesso em: 01 jul. 2024.




Pinterest - EPT e TAEs: Inspiração em Imagens